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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Petição "Legislação e Parentalidade por Casais do Mesmo Sexo em Portugal"

Se já assinaste a Petição “Legislação e Parentalidade por Casais do Mesmo Sexo em Portugal” emhttp://www.thepetitionsite.com/1/parentalidade-pma-e-adopcao/ e ainda assim desejas enviar o texto da petição ou um texto personalizado ao Sr. Primeiro Ministro e aos(às) Senhore(a)s Deputado(a)s da Assembleia da República sobre este assunto, apresentamos a formar de o fazeres:

Primeiro-Ministro
Grupos Parlamentares

Enviar email direto para:


Deputado(a)s da Assembleia da República

Clicar no perfil do/a deputado/a que deseja contactar e enviar email pelo site do Parlamento:


Contamos com o teu apoio e colaboração por um Portugal com mais igualdade e proteção para todas as famílias e crianças!



Exmo. Sr. Primeiro-Ministro de Portugal,
Exmo(a). Senhor(a) Deputado(a),

Enquanto cidadã portuguesa/cidadão português gostaria de apelar à aprovação dos três projetos-lei do Bloco de Esquerda e do projeto-lei da Juventude Socialista, respeitantes à Procriação Medicamente Assistida, à Maternidade de Substituição, ao Registo Civil e Direitos Parentais e à Lei da Adoção:

No que diz respeito às alterações à Lei da Procriação Medicamente Assistida a lei atual apresenta uma discriminação grave das mulheres solteiras, em união de facto ou casadas com outra mulher. À luz dos dados científicos e de instituições entendidas na matéria da parentalidade não há razões sustentadas para a existência destas barreiras. Aliás, esta discriminação na lei constitui por si adicionalmente um sério obstáculo à liberdade individual de escolha do método de procriação de todas as mulheres, já que a atual lei não se limita a restringir o recurso (subsidiado) a este tipo de tratamentos no Serviço Nacional de Saúde, mas impede também clínicas privadas de prestarem o referido tratamento, por escolha da mulher, se solteira, ou de um casal de duas mulheres, se assim desejarem, mesmo sem situação de infertilidade. Estes casos não seriam comparticipados pelo Estado e, por isso, não envolveriam custos se não para as próprias beneficiárias diretas. Ainda assim a atual lei não o permite, estando contida nela, de forma perplexa, a decisão de quem pode ou não pode recorrer a estes tratamentos médicos, seja no público ou no privado. O mesmo acontecerá se se legislar a maternidade de substituição e esta for limitada a pessoas inférteis, casadas ou em união de facto com alguém de sexo diferente. Esta lei discriminatória não impede na realidade que um número de pessoas solteiras e de casais do mesmo sexo recorram a estas técnicas, de modo efetivo. Cria sim uma desigualdade social, porque só as pessoas solteiras ou os casais do mesmo sexo com maiores recursos têm meios financeiros para ir ao estrangeiro fazê-lo. Cria sim uma perda financeira para a economia portuguesa, inclusive de impostos para o Estado, de serviços que poderiam ser prestados e pagos em Portugal. Em última instância cria uma barreira ao fomento da natalidade, algo reconhecidamente importante aumentar em Portugal.

Por outro lado, urge também garantir os Direitos Parentais no Registo Civil do segundo elemento do casal, quando do mesmo sexo, no caso da procriação medicamente assistida, da adoção e do apadrinhamento civil. Falamos aliás de situações que já existem e necessitam de ser acauteladas em benefício das próprias crianças. Muitas e muitos de nós temos amigos ou conhecidos em união de facto ou casados com alguém do mesmo sexo com filhos provenientes de adoções anteriores, enquanto pessoas solteiras, ou por recurso à inseminação artificial ou até mesmo à maternidade de substituição no estrangeiro. Acontece que estas crianças são criadas por dois adultos, mas um desses adultos não vê asseguradas as condições para melhor exercer os seus deveres e responsabilidades parentais, nem as crianças se encontram protegidas, por não existir garante da sua manutenção no que resta da estrutura familiar (ou seja, a figura parental adotiva sem direitos parentais), em caso de morte ou incapacidade da figura parental legal. Ocorre, neste último caso, uma dupla rutura no ambiente familiar que terá sempre efeitos muitos negativos no bem-estar e desenvolvimento da criança. Esta será porventura, por este motivo, a alteração legislativa mais premente no que toca a casais do mesmo sexo, aos seus direitos parentais e aos direitos das suas filhas e dos seus filhos.

Por fim, apelo-lhe que vote favoravelmente o projeto-lei referente à Adoção por Casais do Mesmo Sexo. Em Portugal existem casais do mesmo sexo que preenchem todos os critérios e requisitos para adoção e desejam uma oportunidade para oferecer uma vida melhor às muitas crianças por adotar e institucionalizadas. Um dos maiores contributos sociais que casais do mesmo sexo podem oferecer é criar e educar, como seus filhos, crianças geradas por outras pessoas que não o podem fazer. Infelizmente, por preconceito, a lei não o permite em prejuízo da felicidade de muitas crianças e futuros adultos, sem razão. A ideia errónea de que o desenvolvimento sócio-emocional da criança será afetado, tão presente no senso comum, é contrariada/contraposta por uma série de estudos sobre o tema e pela posição de uma série de autoridades em áreas, como por exemplo, da Psicologia, Pediatria e Assistência social, onde se incluem a Academia Americana de Pediatras, a Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente, a Associação Americana de Psicologia, a Associação Americana de Psicanálise, a Associação Nacional de Assistentes Sociais (EUA), a Liga Americana pelo Bem-Estar da Criança, o Conselho Norte Americano sobre Crianças Adotáveis e a Associação Canadiana de Psicologia.

Por estes motivos e porque falamos da vida de pessoas, adultos e crianças, que existem e que necessitam de proteção para uma melhor qualidade de vida, uma vez que a lei atualmente é discriminatória e em vez de proteger quem precisa, muito pelo contrário, prejudica o seu bem-estar e felicidade, apelo ao/à senhor(a) deputado/a que vote favoravelmente os projetos-lei já referidos. Falamos de pessoas que, ao contrário do que o preconceito diz e ao contrário do que a invisibilidade da orientação afetivo-sexual permite muitas pessoas conjeturar, são como qualquer cidadã ou cidadão portugueses. Ou seja, são da mesma diversidade de capacidades e carácter que os demais. Estas são pessoas que merecem igualdade de tratamento, nomeadamente da parte do Estado. As suas filhas e os seus filhos merecem também encontrar salvaguardada a sua estrutura familiar. Por fim, tantas crianças por adotar merecem que se alargue as suas oportunidades de uma vida melhor.

Atenciosamente,


*Segundo citação de Pedro Delgado Alves, secretário-geral da JS, no jornal i de 6 de Janeiro 2012, no projeto a apresentar pela JS "Quem livremente queira recorrer à PMA pode fazê-lo, não sendo exigido o diagnóstico de infertilidade. E o estado civil também não deve ser relevante". A mesma notícia também afirma que uma das deputadas socialistas que deverá apoiar este projeto do líder da JS é Isabel Moreira.



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Santos em festa!

Depois de uma semana louca dedicada ao baile dos santos populares no trabalho, chegaram finalmente os feriados [São João incluido, que não é só no Porto =P] e lá vamos nós passear, neste fim de semana prolongado, depois de um merecido descanso durante o dia de hoje.

Encontramo-nos no Terreiro do Paço, este Sábado. ;)

sábado, 18 de junho de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Roxo é a cor hoje!


Uma marcha para «romper o silêncio e combater a vergonha», debates, abraços grátis e a edição de um jornal dirigido pela estrela pop Lady Gaga assinalam hoje em Portugal o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia e Transfobia.

A Plataforma Anti-Transfobia e Homofobia (PATH), promove hoje uma marcha em Coimbra, cuja concentração está marcada para as 17h nos Jardins do Convento de Santa Clara. Num manifesto, disponibilizado na página electrónica da marcha, a PATH destaca este ano «a luta pelo reconhecimento das diversas identidades de género, tais como a transexualidade e o transgenderismo, relegadas sistematicamente para espaços de exclusão. (...) Assim, em Coimbra, saímos à rua a 17 de Maio para romper o silêncio e combater a vergonha», refere o manifesto.

Para mostrar que «as pessoas são todas iguais» e porque um abraço «diz mais do que muitas palavras», a rede ex-aequo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes -, promove em Lisboa a iniciativa 'Free Hug'. Segundo disse à Lusa o presidente da associação, Manuel Abrantes, voluntários da rede ex aequo  irão oferecer abraços a quem, entre as 17h30 e as 18h30, passar pela Gare do Oriente.

Para assinalar este dia, está também marcado o Seminário sobre Boas Práticas de Luta contra a Homofobia, promovido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), que se inicia às 10h no Centro de Informação Urbana, no Picoas Plaza.

Ao final do dia, às 19h decorre na sede da ILGA um debate centrado nas propostas dos partidos com representação parlamentar no âmbito da luta contra a discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género, para o qual foram convidados representantes daquelas estruturas.

Na rede social Facebook foi criado um evento que apela a que hoje se use uma peça de roupa roxa «para assinalar a luta contra a homofobia e a transfobia e em memória das pessoas que sofreram violência ou morreram por estas razões».
in Sol


O número de denúncias sobre agressões homofóbicas ou transfóbicas em meio escolar feitas à rede ex aequo aumentou quase 12 por cento entre 2008 e 2010, revela o mais recente relatório do Observatório de Educação LGBT.
in LUSA




Há 21 anos, a Assembleia-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais, tendo a data sido estabelecida como o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia e a Transfobia.
 
 
 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Projecto "It Gets Better"

Noticias lá das Américas, para o dia de ontem. Mas que serve para ontem, hoje e amanhã.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Woohooo!!!!



Estava no trabalho e infelizmente não consegui ver o comunicado. Esperava ansiosamente por alguma mensagem com boas noticias e heis que a recebo! O dia melhorou logo bastante. Mais ainda quando fui ter com os miúdos que se encontravam a ver as noticias e ouvi a repetição do comunicado.
Não queria acreditar! E não consegui esconder... Fiquei logo com um grande sorriso e apeteceu-me começar aos pulos, feita maluquinha...

Às 20h 15 apeteceu-me sair à rua, aos saltos e a sorrir! Sim, fiquei eufórica com a noticia! Super super super super contente! Não tenho palavras para o explicar.
E já de madrugada quando cheguei a casa, deitei-me com um sorriso na cara e a querer sonhar com todas as cores do arco-íris. =)

17 de Maio 2010 : uma data a não esquecer

segunda-feira, 17 de maio de 2010

20:15

O Presidente da República fará uma declaração sobre o diploma da Assembleia da República que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo hoje, pelas 20:15 horas, no Palácio de Belém.



Agora é esperar...
E eu que estou no trabalho a estas horas...

Homofobia e Transfobia

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Luta Contra a Homofobia e Transfobia. E para assinalar este importante dia, vão haver diferentes eventos espalhados um pouco pelo país. [no Porto e Lisboa, já houve este Sábado uma Marcha e o Global Kiss-in]



A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) e a rede ex aequo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes convida-te a participar num FREE HUG {Abraço Grátis} contra a discriminação no próximo dia 17 de Maio, Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e a Transfobia, na Praça do Oriente (Gare do Oriente), Parque das Nações, Lisboa, entre as 17h30 e as 18h30!

Como podes participar? Veste-te com a cor laranja e vem connosco receber/dar abraços contra a discriminação de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT). Cada pessoa que ofereça/receba um abraço ganhará um brinde e informação sobre o dia que se comemora a 17 de Maio e sobre a discriminação contra pessoas LGBT.


E… vamos contar com a Diana Piedade (Ídolos) que se aliou a nós nesta iniciativa e irá oferecer o seu abraço a quem der também o seu abraço contra a discriminação!

Junta-te a nós por um mundo sem discriminação, sem violência, sem homofobia nem transfobia!

via mail
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Conferência - “Contra a Homofobia e a Transfobia: Identificar e Combater a Discriminação das Pessoas LGBT em Portugal”




17 de Maio de 2010
Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL)
Picoas Plaza, Rua Viriato, 13, Núcleo 6-E,1º, 1050-233 Lisboa



PROGRAMA

14H00 – Abertura
Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género – Sara Falcão Casaca


14H30 – Resultados do Estudo sobre a População LGBT em Portugal (Univ. Minho/CIG)
- Miguel Vale de Almeida
Antropólogo, CRIA/ISCTE-IUL
- João Oliveira
Psicólogo, CIPsi, Escola de Psicologia, Universidade do Minho
- Comentário de representantes da ILGA Portugal, rede ex aequo e AMPLOS


16H00 – Pausa para Café


16H15 - Homofobia e Violência: Bullying e Crimes de Ódio
-Sandra Gowran
Gay and Lesbian Equality Network (GLEN)
- Miguel Pinto
ILGA Portugal

17H30 - Encerramento
-Secretária de Estado para a Igualdade – Elza Pais

via mail
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Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia - dia 17 de Maio - Coimbra


Em Coimbra, este Dia vai ser assinalado com a distribuição de panfletos informativos na Alta Universitária, nas cantinas e na Praça da República das 12h às 16h, e a partir das 16h30 na Baixa com uma Marcha (parte às 17h) contra a homofobia e a transfobia.

Celebra-se no dia 17 de Maio, o Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia porque, ao teu lado, há quem viva a discriminação todos os dias, mesmo que num silêncio imposto pelo medo, pela solidão ou pela vergonha. Por isso, importa sair à rua, olhar nos olhos, ocupar o espaço. Para muitas pessoas, tu podes fazer a diferença. É a ti, também, que compete dar uma resposta, derrubar muros, combater a ignorância, promover a igualdade e o respeito. Não faças de conta que não sabes. Não faças de conta que nada disto te afecta. Não compactues, não silencies, não encolhas os ombros. Este dia é teu, sai do armário, e vem marcar a tua presença junto de nós!

Divulga a Marcha pel@s tuas/teus amig@s!! Mais informações no site da Marcha: http://marcha2010.naoteprives.org.



A comissão organizadora da 1ª Marcha contra a Homofobia e Transfobia de Coimbra

não te prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais
Apartado 3113
3001-401 Coimbra

via mail
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Se estiverem por uma destas cidades, juntem-se às iniciativas. =)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sempre a abrir..

Com um fim de semana a correr entre Tavira com o trabalho e Lagoa com o Allove, as horas de sono que já hoje estou a dever à cama, vão ter de ficar para outro dia....


A cirandar de um lado para o outro, só me consigo lembrar de cantarolar: "É pudim danone, não pares, não pares..." =P

Bom fim de semana a tod@s!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Teste...

"Hoje [21 Abril], na Faculdade de Direito de Lisboa, realizou-se um teste de Direito Constitucional II. O Prof. Doutor Paulo Otero, o regente da cadeira, decidiu que seria este o caso prático que os alunos deveriam resolver, e numa provocação discriminatória e ridícula, fez-se um paralelismo entre a poligamia/bestialidade e a homossexualidade, disfarçando de humor aquilo que é um desrespeito e uma ofensa de proporções maiores do que o Sr. Professor pode imaginar. Até podia ter apresentado o mesmo caso prático sem, no entanto,referir que o diploma era “em complemento à lei sobre o casamento entre pessoasdo mesmo sexo”, mas a comparação foi obviamente propositada e consciente.
Ridicularizando um passo marcante na história de Portugal e do Mundo – a aprovação no Parlamento da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo – um dos constitucionalistas de renome da casa onde estudo e em quem confio a preparação da minha formação profissional fez uma coisa de tal forma perversa que fez com que eu tivesse, pela primeira vez e espero que última, vergonha de ter sido aluna de um membro do corpo docente da FDL. O que acontece é que o Sr.Professor parece ter-se esquecido do art. 13º e do princípio da igualdade; e com certeza que não pensou no que sentiria um gay ou uma lésbica que se visse confrontado com a obrigatoriedade de fazer este teste. Opiniões à parte, e quer se seja a favor ou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, qualquer pessoa com o mínimo de discernimento e respeito pela dignidade humana perceberá que isto não é admissível em lado nenhum, muito menos numa instituição do ensino superior, e muito menos naquela que é provavelmente a melhor Faculdadede Direito do nosso país. Esta atitude repulsiva não só é discriminatória em relação a todas as pessoas LGBT como obriga os alunos a tomarem uma posição em relação ao tema que irá influenciar a sua nota. Não me parece justo.


Não é novidade para ninguém que a nossa Faculdade é conservadora e consegue ser muito pouco receptiva a quase tudo o que é diferente, mas isto passou das marcas. Isto foi nojento e atroz e revoltou-me de tal forma que nem eu nem outros colegas conseguimos calar-nos. É um exemplo de como a luta pelos direitos fundamentais é ainda tão necessária e de como é preciso mudar mentalidades e combater preconceitos tão cruéis quanto este.


Partilhem se ficaram tão revoltados quanto eu.

P.S.: Os animais não têm personalidade jurídica, logo não têm capacidade para celebrar negócios jurídicos, como o casamento (art. 66º e seguintes do Código Civil)."


Raquel Rodrigues, aluna da FDL

quarta-feira, 24 de março de 2010

Avestruz

Há pessoas ignorantes, que não sabem nem fazem ideia, e surgindo a oportunidade de aprenderem escolhem manter-se na santa ignorância ou não. Neste caso, lamenta-se apenas quando a oportunidade para aprender é ignorada.

E depois há pessoas com um certo nível de informação que propositadamente a ignoram e escolhem não saber, nem se interessam. E aí é mais dificil de lamentar, perceber ou desculpar.
A minha mãe faz parte deste último grupo.

sábado, 13 de março de 2010

Ainda o casamento

O Presidente da República requereu ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva das normas de quatro artigos do diploma que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

"O Presidente da República requereu ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade das normas dos artigos 1.º, 2.º, 4.º e 5.º do Decreto n.º 9/XI da Assembleia da República, que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo", lê-se numa nota divulgada no 'site' da Presidência da República.

Ainda de acordo com a nota, "o requerimento de fiscalização da constitucionalidade foi acompanhado de um parecer jurídico subscrito pelo Professor Doutor Diogo Freitas do Amaral".

A proposta de lei que legaliza o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo foi aprovada pelo Parlamento em votação final global a 11 de Fevereiro, com votos favoráveis do PS, BE, PCP e Verdes.

Seis deputados do PSD abstiveram-se. O CDS-PP e a maioria da bancada social-democrata votaram contra o diploma, bem como as duas deputadas independentes eleitas pelo PS.

O diploma retira do Código Civil a expressão "de sexo diferente" na definição de casamento.

"Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida", é a redacção aprovada.

No entanto, o diploma impede a possibilidade de adopção por pessoas casadas do mesmo sexo.

"As alterações introduzidas pela presente lei não implicam a admissibilidade legal da adopção, em qualquer das suas modalidades, por pessoas casadas do mesmo sexo", prevê o artigo da proposta do Governo.

E já agora fiquem a saber que o único artigo do diploma que o Presidente da República não enviou para o Tribunal Constitucional para fiscalização preventiva refere-se à proibição da adopção por pessoas casadas com cônjuge do mesmo sexo.


via JN e Visão

sábado, 20 de fevereiro de 2010

"Inveja é pecado"


Devo andar mesmo noutro planeta, porque só agora é que soube desta "bela" manifestação. Mas ora tomem lá, que hoje está de chuva! Grande gozo! Ahahahah!

Ah e já agora... Eu exijo, pelo bem da minha sanidade mental, que vocês deixem de dizer tanto disparate junto!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Prayers for Bobby

"Before you echo Amen in your home or place of worship, think and remember. A child is listening."
Mary Griffith


Escusado será dizer que de metade do filme até ao fim, o que mais fiz foi chorar. Mas vale a pena ver.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Respeito, Igualdade, Dignidade, Liberdade

"Nesse dia [quando dois homems e duas mulheres puderem casar], o arco-íris, símbolo da luta dos gays e das lésbicas pela sua dignidade plena, será também um símbolo da nossa República."

Miguel Vale de Almeida (08/01/2010)



Hoje é o dia!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Para quem quer e pode

Olá a tod@s!

Como sabem, esta sexta-feira, dia 8, irão ser discutidas e votadas na Assembleia da República várias propostas relativas a direitos LGBT: 3 delas com vista à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, 2 destas incluindo adopção, mais uma proposta para a legalização das Uniões Civis Registadas (entre pessoas do mesmo sexo) e uma petição para o referendo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Como este é um momento muito importante para a igualdade dos cidadãos LGBT, desafiamo-vos a aparecer na sexta no Parlamento e verem, connosco, como decorre a discussão. Vistam uma camisola de uma das cores da bandeira arco-íris e preparem-se para celebrar (apenas depois do plenário, já que durante o mesmo o silêncio é obrigatório) o dia C dos nossos direitos.

A sessão de plenário terá início às 10h. Dado que é necessário passar por controlos de segurança antes de entrar e que se prevê que seja uma sessão bastante participada, recomendamos que cheguem com alguma antecedência. Isto é importante pois o número de entradas para os lugares na assistência é limitado.

Esperamos poder contar com a vossa presença neste momento tão marcante e decisivo na luta contra a desigualdade e a discriminação!
(via mail)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Apelo II

Depois do post anterior e porque todos tem direito de resposta, aqui fica o que recebi via mail até agora. Abstenho-me de qualquer tipo de comentários, já que as respostas são por si só esclarecedoras.

"Obrigada pela sua mensagem.

O Bloco de Esquerda sempre defendeu o acesso ao casamento civil de homossexuais e lésbicas. É uma discriminação que ainda persiste e que, do nosso ponto de vista, contraria o espírito da Constituição.
Não concordamos com a opção do Governo em proibir o acesso à adopção pelos casais do mesmo sexo. Há muito que a nossa posição é conhecida e pensamos ser uma hipocrisia adiar esta questão. Até porque, como todos e todas sabemos, um homossexual ou lésbica, sózinho pode adoptar, mas se for um casal já não pode. Parece (?) um castigo.
Da minha parte, não tenho dúvidas de que estaremos sempre do lado dos avanços de civilização na consagração de direitos e de combate às discriminações.

Com os meus melhores cumprimentos

Helena Pinto
Deputada do Bloco de Esquerda"


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"Exm.ª Senhora,

Eu votarei favoravelmente ao casamento. Sempre o defendi. A adopção será a batalha seguinte, sendo por agora necessário ultrapassar algumas barreiras sociais, de modo a não colocar a sociedade liminarmente contra.

Votos de Feliz Ano Novo, com um abraço,

Luiz Fagundes Duarte
Deputado"

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"Exmos. Senhores

Agradeço o número significativo de mails que recebi apelando ao voto favorável ao casamento, e nalguns casos à adopção, entre pessoas do mesmo sexo. A participação dos cidadãos na vida política é algo que deve motivar todos os que, em seu nome, exercem funções públicas.

Devido ao elevado número de mails, responderei em conjunto, pensando que esta resposta será suficiente. Fico, ainda assim, disponível para demais esclarecimentos ou questões.

Compreendo a importância dada ao tema por muitos que vivem há anos o activismo LGBT, e pelos que não o fazendo acham que esta alteração faz sentido, neste momento. Penso que será também compreensível que como Deputado não possa valorizar estes projectos de forma diferente dos demais. Não o faço e, devo dizê-lo, acho que são de oportunidade política bastante duvidosa. Mas cada partido pode, legitimamente, marcar a sua agenda. E cá estamos para a discutir.

Quanto à questão em concreto, é público que não sou favorável às soluções jurídicas de casamento e adopção por pessoas do mesmo sexo. É uma posição política com sustentação jurídica.

Considero que o contrato de casamento constante do Código Civil é claro na opção numérica e de género: refere-se a duas pessoas, de sexo diferente. E pode alterar-se essa definição? Como diz o anúncio, pode mas não é a mesma coisa, ou seja, a criação de um novo conteúdo implica a respectiva criação de um novo conceito jurídico, concretamente, um novo contrato. Admito a discutibilidade desta opção No entanto, o direito comparado mostra que apenas 7 países optaram pela confusão, em termos jurídicos, entre uniões de pessoas de sexo diferente e do mesmo sexo, enquanto que, são mais de 30 os países que optaram pela manutenção do conceito de casamento e pela criação de um novo contrato para pessoas do mesmo sexo. A título de nota, lembro que mais de 80% dos países do mundo proíbem ou não reconhecem uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Ainda no que diz respeito à legislação nacional, a solução de integração das uniões entre pessoas do mesmo sexo no conceito de casamento, torna inevitável a adopção. Esta inevitabilidade acontece por via de opção, como consta do projecto do BE ou por via de inconstitucionalidade da exclusão, como sucede na Proposta do Governo. E no que diz respeito à adopção, sou contra, fundamentando a minha posição na Declaração Universal dos Direitos da Criança. Esta Declaração refere como direito de cada criança, ter um pai e uma mãe. Entendo que este direito pode ser satisfeito parcialmente, apenas por um pai ou por uma mãe. É, fundado neste principio que, de facto, já há homossexuais que adoptam crianças. Fazem-no em nome individual, quando é considerado que essa é a melhor solução para a criança. Assim estamos perante uma excepção, fundada no superior interesse da criança. Não devemos, em meu entender, transformar essa excepção, fundada no superior interesse da criança, numa regra fundada nas expectativas dos adoptantes.

Aqui fica a minha posição política sobre o objecto dos vossos apelos, como disse fico disponível para esclarecimentos ou questões.

Mais uma vez saúdo o vosso espírito participativo, que espero reencontrar noutras discussões relevantes para o futuro de Portugal.

Saudações democráticas

João Pinho de Almeida
Deputado do CDS-PP"


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Agradeço o seu mail.

Pelo meu lado - e dos/as deputados/as do Bloco de Esquerda - pode contar com toda a firmeza nesta luta essencial contra a discriminação, pela igualdade e os respectivos direitos. Todos eles e não apenas uma parte. Dia 8 não faltaremos às nossas responsabilidades de força política empenhada no combate contra todas - insisto, todas - as desigualdades que inferiorizam.
Saudações cordiais.
José Manuel Pureza

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Agradeço as suas palavras.

De facto, a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo é um avanço significativo na nosso país.
Encontramo-nos perante o momento histórico em que essa desigualdade que existia será terminada.

Infelizmente, as lições que levaram a este avanço não foram completamente assimiladas por todos.
Assim, agora, o Partido Socialista pretende criar uma nova discriminação, não garantindo acesso à parentalidade aos casais de pessoas do mesmo sexo.

O Bloco de Esquerda tudo fará para que esta nova discriminação não seja criada. Por isso mesmo, apresentamos um projecto de lei que defende a possibilidade de pessoas entre o mesmo sexo, sem quaisquer discriminações no que toca ao acesso à parentalidade.

Para o Bloco de Esquerda, as discriminações em função da orientação sexual são inaceitáveis numa sociedade moderna. Dessa forma, continuaremos a nossa luta, juntando a nossa voz a muitos portugueses e a muitas portuguesas até que estas sejam totalmente eliminadas.

Agradeço e retribuo os votos de um 2010 com mais igualdade e liberdade.

Saudações Bloquistas,
Pedro Filipe Soares

Apelo

Escreve às deputadas e aos deputados.
Incentiva a Assembleia da República a aprovar a igualdade!

No próximo dia 8 de Janeiro serão votados na AR os vários projectos sobre a igualdade no acesso ao casamento. É importante que escrevas a cada um/a das/os deputad@s apelando a que vote na igualdade!

Proposta de carta:

Assunto: Incentivo à Assembleia da República a aprovar a igualdade!

Cara/o deputada/o,

Aproxima-se o dia da votação dos projectos sobre a igualdade no acesso ao casamento.

Temos a hipótese de começar 2010 a reparar uma das maiores injustiças e discriminações legais: a actual impossibilidade de acesso ao casamento civil para casais de pessoas do mesmo sexo.

Defendo que os casais de gays e de lésbicas devem poder ter acesso à parentalidade em igualdade de circunstâncias. Desafio cada deputad@ a deixar de lado eventuais ideias feitas que possa ter sobre o assunto e a ler os resultados das investigações académicas sérias feitas neste domínio, em alguns casos acompanhando famílias ao longo de mais de duas décadas. Sei que, se o fizerem, chegarão à conclusão inevitável de que nada, absolutamente nada, justifica a actual desprotecção legal das famílias com pais ou mães LGBT - ou qualquer dúvida em relação ao acolhimento legal dos projectos parentais de casais de pessoas do mesmo sexo.

Mas sei também que a possibilidade de regulação pelo casamento da relação de qualquer casal é fundamental e urgente - e independente de qualquer projecto de parentalidade.

Assim, apelo a que tod@s @s deputad@s lutem pela plenitude dos direitos e, caso não seja possível neste momento uma concertação no sentido de garantir avanços no âmbito da parentalidade, apelo a que garantam e apoiem a igualdade no acesso ao casamento não permitindo o protelar da dignidade num campo tão importante como o da conjugalidade.

Votos de um 2010 com mais igualdade e mais liberdade,

(nome)


[recebido via e-mail]

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Será?



A primeira notícia que ouvi esta manhã:

"A não ser que haja alguma surpresa, o Conselho de Ministros aprova hoje a proposta de lei de legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Um diploma que a Assembleia da República deverá discutir a 14 ou 15 de Janeiro, estando previsto que o debate incida sobre as propostas do Governo, do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV).

Apesar de diferentes, os diplomas convergem na legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A possibilidade de os novos casais adoptarem crianças está expressamente prevista na proposta do PEV e fica implícita na do BE. Mas o Governo, recorrendo ao argumento de que não tem "mandato democrático" para avançar com essa medida, porque a sua promessa eleitoral se cingia ao casamento gay, optou por interditar a adopção aos novos casais.
(...)"