terça-feira, 29 de setembro de 2009

Preguiça e saudades

Acordo de manhã, parecia que ia chover e tinha frio. Agora faz sol e pelo menos da vista que tenho aqui da janela, não se vê nem uma única nuvem no céu. Dormi as 8 horas que é suposto, coisa rara em mim, mas ultimamente assim tem sido. Não me posso queixar por isso.

Agora estou para aqui estendida, computador à frente a tentar decidir se trabalho ou não. Dói-me a cabeça [culpa do tempo] e estou com uma monumental preguiça. Acho que se me deitasse agora e fechasse os olhos dormia. Começo a estar tentada... Depois logo à noite é que é um problema para me deixar dormir.
Fico-me pela música para combater o silêncio/sossego por estes lados a ver se ganho um pouco de energia.

Entretanto penso nas saudades que tenho da minha Matilde e da pequena Pantufa...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vícios


Tenho passado a maior parte dos dias em casa agarrada ao computador. Quando chega a noite, desligo o computador e vejo séries. E como grande viciada que sou, não dou pelas horas a passarem e de repente quando noto já é muito tarde e mal consigo ter os olhos abertos.


E para mal dos meus pecados [ou não] a semana passada foi semana de estreias de novas temporadas lá do outro lado do oceano. Prevejo portanto muitas horas de entretenimento pela frente, com os meus quatro vícios noite dentro... Não que me importe!















Da janela da sala


E meia volta perco-me a ver os ramos a mexerem.

sábado, 26 de setembro de 2009

Sons e cheiros

Ontem à tarde fui para a rua passear. Estava um dia relativamente quente até e não me recordo de ter visto nuvens no céu. Ao início da noite, também não me recordo de as ter visto.

Mas esta manhã acordei com o som de água a correr. Ainda meio a dormir fiquei a pensar o que seria. Aos poucos fui despertando e apercebi-me do cheiro da terra molhada/chuva. O som da água a correr continuava. Pensei em chuva, mas não havia nuvens no céu no dia anterior. Não era possível portanto.

Deixei-me estar estendida na cama ainda a ver se punha o cérebro a funcionar e percebia de onde vinha afinal o som da água a correr. Já tinha excluído a chuva do meu pensamento. Mais uns minutos, levantei-me fui abrir o estore e o que vejo?
Está a chover.

Fiquei assim espantada já que ontem não me parecia de todo que pudesse chover. E depois tratei de abrir as janelas para sentir o maravilhoso cheiro da chuva e ouvi-la. Não há mais nenhum som neste momento para além da chuva.
Vai caindo num ritmo lento, levemente. Sabe bem.

Agora vou ali por o nariz fora da janela para cheirar ainda melhor.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Devagar

Agora que a tempestade se afastou um pouco, regresso também lentamente aos hábitos de sempre. As dúvidas vão-se dissipando, a calma e o silêncio começam a reinar por estes lados.

Espero, observo, com uma certeza apenas.
Nem tudo o que parece é.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Carta Aberta...


Cat Power - How can I tell you


Pensei que sabia. Tinha certezas. Acreditei. Confiei. E agora já não sei o que pensar, no que acreditar.

Caminho numa direcção e de repente sem aviso prévio, puxam-me o tapete debaixo dos pés e lá vou eu ao chão. Levanto-me e sigo na mesma direcção, sabendo que o tapete poderá ser retirado a qualquer momento, ou não? Ou mudo a rota e desisto do tapete? Daquele tapete. O tal tapete.

Sem explicações, sem nada. Apenas repentinas certezas. Pergunto-me, conheci mesmo? Afinal, o que ficou para trás foi um jogo? Ou agora é que está a ser?

A minha memória é bastante boa até, em certas coisas. Lembro-me por isso. E não gosto destas dúvidas. Não as deveria ter. Mas a memória não me falha agora e por isso tenho. Como não, se vem tudo sem aviso prévio? Caído do ar? Talvez não... Ou talvez sim...
Do dia para a noite mudam os factos, as ideias, as sensações?

Não percebo. Não sei se alguma vez o vou perceber. Não sei se me apetece perceber. Não sei se tenho de perceber.
O passado ensina sempre algo... Mas não consigo ler a lição. É a mesma deste tempo todo, a história repete-se? Ou é outra? Nova, para mim, mas que afinal sempre esteve lá e não quis ver?

O desgaste é grande e estou cansada. Páro? Tento? Espero? Deixo correr mantendo a abertura? Auto-preservação com novas e diferentes fachadas? Luto contra elas? Ou deixo-as?

Será que era esse o objectivo?

Quem é que dizia? Já não me lembro, mas... "Só sei que nada sei". E neste momento, tenho medo de saber.

......
......
......
......
......
......

Aborrece, não é verdade? Não apetece...


Edit: Já me infomaram que foi Sócrates que disse "Só sei que nada sei". Obrigada.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Quem te avisa, teu amigo é...


Coisa mais feia!

Bienvenidos outra vez


Maria João & Mário Laginha - Há gente aqui

Há muito muito tempo atrás, por aqui tinha dito que o aspecto deste canto era temporário. Mas a preguiça, falta de inspiração e vontade foram ganhando e o temporário estendeu-se durante 5 meses...
Até hoje.

Diga-se que isto do raio dos códigos html a juntar um pouco a obsessão também, dá assim uma trabalheira que nem vos conto... Uma pessoa mete-se de livre e espontânea vontade em cada empreitada que só visto! E depois quando se começa, quem é que diz que paramos até estar tudo terminado? Ai blog, a quanto "obrigas"...

Mas pronto, cá estão elas...
As mesmas Caramelices de sempre, mas de aspecto renovado!


Obrigada Pano pela inspiração. Se não fosse a ajuda no teu, nunca mais pegava nisto.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Mudasti"

Após a ajuda ali, surgiu a inspiração, vontade e conhecimento. Assim, o estabelecimento encontra-se em obras de remodelação.
Mais noticias, talvez mais à frente, por agora...


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mais vale tarde que nunca

O meu senhorio pergunta-me constantemente se eu não me sinto aqui sozinha. Se não quero morar com namorado, amiga ou companheira. Ou então se não quero arranjar um cão ou um gato. A maioria das pessoas que sabem que actualmente moro sozinha também me perguntam o mesmo. Se não sinto falta de companhia, se não me sinto sozinha.
Mas contrariamente ao que se possa pensar, estou a gostar bastante desta vida de ter uma casa só para mim.

Só tenho uma queixa... As refeições.
Gosto bastante de cozinhar até. Mas a maior parte do gozo vem das reacções das pessoas ao meu cozinhado. Ora, actualmente cozinho para mim mesma e assim não apetece. Além disso não estou habituada a fazer comida só para uma pessoa e o resultado tem sido comida que por vezes dá para três refeições. O que diga-se é bastante aborrecido.

Mas hoje tudo mudou.
Ao fim de 21 dias sozinha consegui finalmente acertar nas porções para uma única pessoa. E daquelas que não comem assim muito.
É caso para dizer que mais vale tarde, que nunca!

Sensações


Maria João & Mário Laginha - Parrots and Lions

your will is focused on me
the sounds of your eloquence
are like bubbles
of perfumed soap
swift and merciless
are your fingers on me
copying with precision
the movements of a frantic cartoon
oh! Invincible you
oh! Invincible you
i am like a parrot without vocabulary
can a parrot face a lion

domingo, 20 de setembro de 2009


Pensar algo. Desejá-lo. Dizer... E fazer outra.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Chocolate



Maria João & Mário Laginha - I've Grown Accustomed to His Face


E assim se começa o fim de semana.
Bom fim de semana a tod@s.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lesboa Party 3º aniversário

As meninas do Algarve, particularmente as do sotavento, deslocam-se à capital em início de Outubro. Curiosamente regresso quase exactamente um ano depois da minha primeira ida, no 2º aniversário. E desta vez acompanhada pela vizinha, Pano pRa Mangas.

Como não é todos os dias que nos conseguimos reunir e ir até à capital em conjunto, e porque até à data sou a única afortunada em já ter conhecido algumas das pessoas que leio e que me lêem, venho/vimos por este meio perguntar quem por mais lá estará, para ver se passamos a dar uma cara aos nomes que por aqui lemos. Lamentavelmente não vos podemos prometer nenhum jantar que provavelmente iremos sair daqui com tempo contado para chegar ao destino.

O convite fica feito e nós teríamos todo o prazer em conhecer quem fosse possível. Nós por lá estaremos.



Quando
2 de Outubro de 2009
Sexta-feira


Onde
Pavilhão de Exposições (ISA)
Tapada da Ajuda
Lisboa


Doors open
23h30


Dress Code
Black & White


DJs
Miss T & Hush Hush [warm up]
Rui Remix
Tânia Pascoal


Visuals
Jack Edin + 127 Miles

Inspirador

Discurso de abertura do ano lectivo do Presidente Obama


"Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.

Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.

A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.

Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.

No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.

Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.
Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.

No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.

E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.

Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.
Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.

Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.

Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.

Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.

Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.

A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.

E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.

Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.

E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.

A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.

É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.

Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.

No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."

Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.

Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.

Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.

E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.

A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.

É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.

Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?

As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes."

via mail cortesia da Estrelaminha

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A caminho de casa III

Ontem à noite na rádio vinha a ouvir esta música. Como gostei e não sabia onde a ouvir lá fui à procura para partilhar. Agora aqui está, cortesia dos "Bons Rapazes" e boas raparigas também.


Calvin Harris - Ready For The Weekend (fake blood remix)

Pena é ainda estarmos só a meio da semana.

domingo, 13 de setembro de 2009

Nota obsessiva

Apesar de o blog já existir desde 2005, só nos últimos anos comecei a dar-lhe mais e melhor uso. Não tinha a certeza de à quanto tempo, na minha cabeça não podia ser à mais de um ano, mas no caminho de regresso a casa vim a pensar e a fazer contas [sim, eu sou obsessiva a esse ponto] e realmente já lá vão dois anos e qualquer coisinha.
Pena é o pequeno incidente aqui pelo canto, que agora as memórias ficaram perdidas.

O tempo passa realmente a correr e ontem à noite lembraram-me disso. Obrigada pelo prazer da companhia. ;)

sábado, 12 de setembro de 2009

Vinte e quatro - parte II

Um amigo enviou-me mensagem pelo aniversário a dizer que ter 24 era completamente diferente de ter 23. Iria notar a diferença de ter 24 logo nos primeiros dias depois de os ter feito. Seria uma espécie de mutação, em que me olhava ao espelho e ia ver que já não era a mesma. Tudo na minha vida iria mudar pelo peso dos 24. Seria uma sensação de meter medo.

Claro que o meu amigo estava a gozar comigo.
Mas a vida está cheia de coincidências...


Bem que escrevi aqui que o número 9 significava um fim e um recomeço.

Hoje

Para ti, daqueles assim apertados...


"O abraço é quando duas ou mais pessoas – geralmente duas – ficam parcial ou completamente entre os braços da outra. É usado, dependendo da cultura local, como forma de demonstração de afecto de uma pessoa para outra. Através dele podemos cumprimentar ou expressar sentimentos como carinho, amor, compaixão, saudade, etc. Um abraço pode demonstrar também protecção instintiva.
O abraço consiste basicamente no envolvimento de uma pessoa nos braços da outra. É possível um abraço "completo", quando as duas pessoas se abraçam entre si ou um abraço unilateral, quando alguém permanece imóvel e a outra pessoa a abraça. Geralmente um abraço é dado pela frente de ambos, mas também pode ser dado de lado ou por trás. Um abraço pode ser colectivo e dado entre mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

Abraço-terapia
Há quem acredite que abraçar seja uma óptima terapia contra a tristeza e a depressão, pois o abraço seria muito mais do que um simples "apertão" de braços, e que no momento que abraçamos afectuosamente quem apreciamos, transmitimos ali emoções como o amor e a paz.

Abraço de urso
O abraço de urso, é aquele abraço que costuma demonstrar todo o carinho que uma pessoa sente pelo outro. Este abraço geralmente é dado somente por uma pessoa, enquanto a outra permanece com os braços estendidos ao longo do corpo. Esta última será "vítima" de um abraço forte."
via Wikipédia

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Companhia de final de tarde



Cat Power - I believe in you

Já cá canta

O presente da mana mais velha =)
Muito obrigada!

E nós vamos!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dois em um

Finalmente após 10 dias reduzida aos 4 canais de televisão, voltei a ter os outros restantes, bem como internet a velocidade normal e em condições.
Sinceramente, não há paciência. SIC e TVI passam os dias em programas género Praça da Alegria e há noite é novelas até à meia noite ou uma da manhã. Só nessa altura durante a semana a programação melhora com séries e filmes interessantes. Quanto à RTP 1 durante o dia é igual aos outros dois e há noite tem concursos (relativamente interessante) e depois sim passa a séries ou filmes, um pouco mais cedo que os restantes canais.
O único canal que realmente se aproveita é a 2, com grande quantidade de desenhos animados durante o dia, noticias em formato resumido ás 22h e depois passamos para séries e programas com bastante mais interesse que as novelas.

Entretanto parto para Lisboa esta tarde para um jantar em família em que se junta a despedida da minha irmã mais nova que parte para Barcelona amanhã em Erasmus; junta-se o agora noivo da minha irmã mais velha e por fim, festeja-se o meu aniversário com um dia de atraso.

Bom fim de semana a tod@s, o meu começa mais cedo desta vez.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Vinte e quatro (24)

A humanidade. O número raiz do presente estado de evolução humana. O número de Adão. O número da iniciação: assinala o fim de uma fase de desenvolvimento espiritual e o início de outra fase superior. As 9 esferas celestes e os 9 espíritos elevados que as governam. O ilimitado. Os 9 orifícios do corpo humano. Os 9 meses da gravidez. O número dos ciclos humanos temporais na Terra.

Nove é o último número simples.

Na China é um número que significa longevidade e também tem o significado de uma conclusão perfeita. A pronúncia do número nove ("jiu") é a mesma de "durar bastante" e por isso um bom perságio. No entanto os japoneses consideram-no um mau presságio porque 九 (nove), o algarismo kunrei ku é fonéticamente semelhante a caos/azar.

Os Egípcios diziam ser o 9 a montanha do sol. Jesus expirou na nona hora. Vishinu reencarnou 9 vezes. Na mitologia dos Mayas, a Deusa Nove é a Deusa da Lua Cheia. Para eles, este número é tão importante na magia quanto na medicina. No Panteon Asteca, há 9 divindades nocturnas condenadas pelo Deus dos infernos. Para este povo, o 9 simboliza as coisas terrestres e nocturnas. Ele é tão terrível quanto o treze é para os ocidentais. Noite, morte, falta de sorte, eis o 9. Para a maioria das cosmogonias indígenas, há 9 mundos subterrâneos. Toth, a serpente que rege o nono dia, rege igualmente o décimo terceiro. Para o esoterismo islâmico, descer os 9 degraus sem cair, significa ter dominado os 9 sentidos. É também o número que corresponde às 9 aberturas do homem, e por isso, às suas vias de comunicação com o mundo. Um rei Asteca construíu um templo com 9 andares como os 9 Céus ou como as 9 Etapas que a alma deveria percorrer para conseguir o repouso eterno. Na mitologia centro-americana, o 9 simboliza os 9 céus sobre os quais gravita o sol. Por outro lado, como já foi dito, o 9 é o número Sagrado da Deusa Lua. Nos escritos Homéricos, o 9 tem um valor ritual. Latona sofreu 9 noites e 9 dias as dores do parto. Durante 9 dias, Deméter andou pelo mundo procurando a sua filha Perséfones. Zeus teve em 9 noites de amor, 9 musas. Os Anjos estão classificados em 9 categorias, divididas em três tríades (o máximo da perfeição relativa, pois a absoluta só Deus a possui).

Assim, o 9 representa o coroamento dos esforços, o término de uma criação, sendo por isso a medida das buscas proveitosas.

Os Magos e antigos Feiticeiros consideram-no também como indicador das estações, podendo inclusive medí-las, determiná-las. 9 são os nós dos bambus Tauístas. Este número é a base da maior parte das cerimônias Tauístas do templo dos Han. O Tao-Te-King tem 81 capítulos, ou seja, 9 multiplicado por 9 e para completar, 8 mais 1, soma 9. O Trono Imperial Chinês tem 9 degraus e 9 portas que o separam do mundo exterior, porque o Microcosmo é feito à semelhança do Céu. Aos 9 Céus, opõem-se as 9 Fontes que são as Moradas dos Mortos. O Céu Chinês tem 9 planícies e 9.999 cantos. Os Céus Budistas também são 9. 9 foram as regiões de onde os 9 pastores trouxeram o metal para a fundição dos 9 caldeirões. 9 noites e 9 dias é o tempo que separa o Céu da Terra e esta do Inferno. Sendo o 9 o último número da série dos algarismos, significa um fim e um recomeço como bem o compreenderam as diversas culturas.

Segundo Dante, na Divina Comédia, existem «9 círculos do inferno e 9 esferas de céu»; os rituais Budistas normalmente envolvem 9 monjes; os primeiros 9 meses do mês Hebreu de Av que nos leva ao nono dia que foi o dia da destruição de ambos os templos de Jerusalém. E os maçons atribuem ao 9 um carácter divino.

O nove é o número do karma, da retrospecção inevitável. Da homogeneização no Todo da heterogeneidade de Tudo.

A esta hora... Neste dia... 24 anos atrás.
E quando a data de hoje se voltar a repetir (09/09/09) já nenhum de nós por cá anda.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Trio maravilha

Após a tão aguardada espera, a membra que faltava ao trio maravilha regressou para uma semana de férias pela zona sul do país. Em jeito de celebração desse tão aguardado acontecimento, o trio reuniu-se e saiu à rua.

Começou por ser apenas uma combinação para um café nocturno, para por a conversa em dia. Mas a conversa nunca mais acabava e a garganta já estava a ficar seca. Passou-se por isso para a bela da mini para refrescar. E a conversa continuou.
Após a hora de fecho do café e visto que a conversa estava para durar entre cusquices e sugestões profissionais, segue-se para o próximo destino da noite. Um bar com esplanada, mas antes há pausa para comer qualquer coisa na padaria e um passeio ao Largo da Madalena.
Já na esplanada a conversa continua, desta vez um passeio pela memória dos belos tempos de loucura universitária, com particular interesse nos momentos mais degradantes ao sabor de Via Latina ou a noite da rosa, entre outras.
Quando se dá por ela já são 4 e tal da manhã, a fome começa a apertar ligeiramente e há por isso que procurar algum sitio com comida aberto pela cidade. Pelo meio de ruas e ruelas, encontrámos. Mais uma mini enquanto a conversa continua, desta vez até a comida acabar.
Depois foi levar a dupla hiper mega maravilha a casa, por onde a noite irá continuar E a terceira membra regressa à sua vilazinha e ao sossego.

Noites destas valem a pena, ainda mais para começar a semana.
E agora já se faz tarde e o sono aperta. Boa semana para tod@s.

domingo, 6 de setembro de 2009

Acompanhada

Depois de um mês para todos os efeitos sozinha e agora com uma casa só para mim, habituei-me a estar sozinha, ao sossego e a ter os meus próprios horários. Tudo com calma e sem stresse.
Mas este fim de semana os meus pais vieram visitar-me para conhecer a casa.

Gosto da companhia, nada contra, mas confesso que depois de um dia já estou mortinha para voltar a ter a casa só para mim.
Para começar porque ainda me estou a habituar ao novo espaço e é por isso estranho já ter cá mais gente a passear de um lado para o outro. Além disso, lá se vai a calma porque ando a correr de um lado para o outro - só agora me consegui sentar e ter um momento só meu.
Por fim, porque os meus pais estão tão entusiasmados quanto eu com a nova casa e então não param com ideias de "tens de fazer isto assim", "por isto aqui", "arranjar aquilo", etc. E eu fico cansada de tanto ser bombardeada com sugestões [que aprecio] porque gosto de fazer as coisas com calma e bem pensadas para no final ser meu/ao meu estilo.
Os meus pais são basicamente "furacões". E eu já não estou habituada a "tanto" tempo de partilha com pessoas, muito menos neste ritmo. Ando mesmo a ficar bicho do mato. =P

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ausência

"Saudade não tem forma nem cor; não tem cheiro nem sabor. Fala-se nela, mas não se vê; só pensa nela quem acredita. Ela é parte da ausência; ela é parte do amor; ela tem realidade, mas quem a tem sente dor, uma dor miudinha, que cresce no coração, e que nunca vem sozinha… Acompanha a solidão; quem a sente nunca esquece, nem nunca esquecerá, o sentimento que não adormece, por alguém que não está! "
Rita M. F. Silva

Não é por se querer, por se sentir, por se desejar que acontece. Podemos passar a vida toda agarrada a esse sentimento, que não muda nada. Continua a ser uma vontade, um desejo nosso.
Interessa agarrar a realidade, a única coisa que verdadeiramente existe. O resto é fantasia ou imaginação.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Diferente


Scissor Sisters - I don't feel like dancin'


Por fim, posso dormir completamente no escuro, sem problemas em fechar o estore. O quarto não vai ficar a ferver se o fizer. E o estore funciona.
O único barulho que se ouve à noite é o do frigorífico e eventuais mensagens que possa receber no telemóvel. Mais nada.
Quando me levanto não tenho de me preocupar com o que tenho vestido porque não sei com quem me vou cruzar no caminho para a wc ou cozinha. Não há ninguém.
Não acordo a ouvir os gritos dos vizinhos da frente. Acordo com o despertador ou quando me apetecer acordar. Tenho vizinhos, mas é tudo calmo e silencioso.
Vou à janela e sinto o cheiro a campo e praia. Parece que estou de férias.
Não estou restringida a um quarto onde ponho toda a minha tralha. Tenho uma casa inteira para me passear e espalhar a tralha.
E estou extremamente bem humorada, mesmo tendo ainda tudo para tirar de dentro dos caixotes.

Eram 4h da manhã e ainda estava acordada a estranhar a cama e o espaço. Mas após a primeira noite, estas são algumas das diferenças de ter um sitio só meu.