Os prédios são baixos e as casas brancas. O céu está azul e sem nuvens e à noite vê-se as estrelas. No jardim cheira a relva acabada de cortar e quando há uma brisa sente-se o cheiro da ria. As gaivotas cruzam os céus, ao pôr do sol é a vez das cegonhas e à noite o céu pertence aos morcegos.
Estamos em Agosto e está tudo na praia ou no trabalho.
As pessoas falam alto, especialmente os meus vizinhos da frente, mas a maioria dos dias são silenciosos. E de vez em quando lá se ouve as obras, os carros ou motas a passarem. Sem trânsito ou buzinadelas.
Nalguns dias sento-me na esplanada com vista para o jardim a escrever. A senhora já sabe o que quero e na grande maioria das vezes ainda nem sequer me aproximei do balcão e já tenho o café à minha espera.
Noutros vou passear à beira-mar. Sento-me na relva à sombra de uma árvore e ali me deixo estar a ler ou a ver as pessoas passarem, os reflexos na água e a sentir o cheiro.
É calmo, silencioso e sossegado.
Às vezes gosto, mas é-me tudo estranho aqui.
Às vezes gosto, mas é-me tudo estranho aqui.
Koop - Koop Island Blues
2 comentários:
Tu é que te sentes estranha, como se não pertencesses a lado algum
Talvez porque não sintas que a tua casa fica nesse lugar, talvez porque não tenhas aí quem te faça sentir em casa...
Boa semana.
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