Estou só, mesmo estando acompanhada...
Estou só porque perdi a minha essência...
Espelho para fora o contrário do que se passa cá dentro...
Uso máscaras... Sorrisos, força...
Não sou isso... Sou choro, fraqueza...
Refugiu me... Não dentro da cama, não na varanda, não nas estrelas...
Refugiu me em pensamentos, em palavras nunca ditas, em acções apenas pensadas...
Procuro ignorar esta essência assustadora que me invadiu...
Não a tento entender... Não a tento conciliar... Apenas desejo e tento que desapareça...
Mas não desaparece...
Esta essência faz parte de cada pessoa... O Yin&Yang de todos... Escuridão/Luz...
Os opostos atraem-se, dizem... Então, porque a Escuridão não atrai a Luz?
Os opostos atraem-se, mas um não pode existir sem o outro...
Repudio um, mas ao repudiá-lo, nego o outro...
Mas não quero a Escuridão... Não quero ser dominada por ela...
Perdi a minha essência ao negar a Escuridão... Agora foi me vedado acesso à Luz...
Não sou Escuridão, não sou Luz...
É esta a minha essência... Ser Nada...
terça-feira, 29 de novembro de 2005
segunda-feira, 28 de novembro de 2005
Palavras
As palavras soam me ocas... Desprovidas de sentido...
Pode se dizer tanto apenas com uma palavra, e ao mesmo tempo nada...
O que me dizes, o que procuras que seja...
"Estou contigo", "Não sejas como um caranguejo"...
Tudo me faz sentido. As tuas palavras fazem sentindo...
Entram, ressoam dentro do meu cérebro, dentro de mim...Magoam...
Mas a vozinha a sussurrar ao meu ouvido continua...
Ela tenta anular tudo o que me dizes...
As palavras que proferes, embora brutas e por vezes cruéis significam muito...
Mudei, mas agora perdi me...
Não sei onde me encontro...
Não sou caos, não sou cosmos...
Não sou nada...
Não quero ser cosmos... Não é a minha natureza...
Não quero ser caos... Já o sou à bastante tempo...
Perdi me no meio do caos, procuro o cosmos... Procuro a luz, procuro o sorriso...
Só agora, quando me perdi é que percebi... Não posso procurar... Tenho de deixar que a luz, o sorriso nasçam em mim... Que o cosmos me encontre...
Mas tenho de ter acção para ser encontrada... Que acção? Para onde me virar?
Tudo o que vejo à minha volta é escuridão com luzes ao fundo... Não sei para onde seguir... A luz que seguir decide se sou encontrada pelo cosmos, ou se regresso ao caos...
Tenho medo... O medo paralisa me...
A vozinha continua a sussurrar, e não permite que a força venha...
Escondi a minha força, e agora que mais preciso dela não a encontro...
Sem força paraliso...
As tuas palavras fazem sentido, as minhas soam me ocas...
Faltam palavras para me exprimir...
Volto me para o silêncio...
Este destrói, mata, perpetua o caos...
Não me abandones, a não ser que não aguentes mais...
Ajuda me a ser caos e cosmos, equilibradamente...
Ajudemo-nos mutuamente...
domingo, 27 de novembro de 2005
Alguém me escreveu o seguinte, há uns tempos atrás:
"A única forma de se conseguir ser livre, e que os outros não nos sufoquem, começa em nós.A liberdade e a alegria conseguem-se quando nos perdoamos a nós mesmos, por tudo o que fizemos, não aos outros, mas sobretudo a nós.Se vivemos numa sociedade que nos coloca tanta culpa, devemos ser os primeiros a nos libertar da mesma."
Nunca mais pensei no que me foi dito por esta pessoa... Hoje decidi partilhar com vocês...
Espero que todos caminhem para a liberdade e alegria...
"A única forma de se conseguir ser livre, e que os outros não nos sufoquem, começa em nós.A liberdade e a alegria conseguem-se quando nos perdoamos a nós mesmos, por tudo o que fizemos, não aos outros, mas sobretudo a nós.Se vivemos numa sociedade que nos coloca tanta culpa, devemos ser os primeiros a nos libertar da mesma."
Nunca mais pensei no que me foi dito por esta pessoa... Hoje decidi partilhar com vocês...
Espero que todos caminhem para a liberdade e alegria...
sábado, 26 de novembro de 2005
Gaja...
O espaço, o tempo, a distância criam barreiras... Não criadas por nós, mas por mim. Criei barreiras á volta de mim, do meu mundo e do meu coração...
Escrevemos tanto, mesmo quando estavamos juntas todos os dias. Tenho saudades dessa altura. Vim para aqui e o contacto, apesar de mais espaçado, continuou. Até que parei de responder... Deixei de escrever, inventei desculpas... "Agora são as frequências", "Tenho muitos trabalhos para entregar", e desliguei, distanciei-me ainda mais...
Desinteressei-me pela vida e pelos poucos amigos que deixei aí e fui substituí-los por outras pessoas aqui. Merecias mais... Não é possível substituir-te... Não é possivel esquecer-te... Não o quero e nunca o tentei fazer... Mas as minhas acções diferem dos meus pensamentos...
Estiveste sempre lá quando precisei, mas não sinto que tenha feito o mesmo contigo. Detestei as nossas últimas conversas de café... Não passaram disso... Conversas de café... Sinto que te devo algo, não sei o quê... Visito o teu blog, e penso em comentar, apenas para dar sinais de vida. Mas o que comento?? Foi nessas visitas que tive uma revelação...
Descobri que te passei a desconhecer... E tu, só me conheces nas piores fases... Desconhecer uma pessoa que consideramos amiga é a pior sensação do mundo...
Nunca estou aí, distancio-me, afasto-me o mais possível tentando esquecer o que não é possível de ser esquecido... Faz hoje dois anos que demonstras-te ser a pessoa mais espectacular à face da terra... E o que fiz eu durante estes anos? Ignorei-te, e só entrei de novo em contacto quando não podia estar com os teus "substitutos" daqui...
Não entendo o porquê do que se passa entre nós... Não gosto de pensar que vou estar contigo e que vou olhar para ti sem saber o que dizer... As ideias existem, a voz é que não sai... Fecho-me na tua presença, apesar de seres a pessoa com a qual isso menos deveria acontecer... Não percebo... Não sei o porquê da distância criada por mim... Sinto que agora já nada posso fazer...
Por isso aqui te escrevo, apenas para dizer que o silêncio mata, mas eu não quero que o existia entre nós morra.
Escrevemos tanto, mesmo quando estavamos juntas todos os dias. Tenho saudades dessa altura. Vim para aqui e o contacto, apesar de mais espaçado, continuou. Até que parei de responder... Deixei de escrever, inventei desculpas... "Agora são as frequências", "Tenho muitos trabalhos para entregar", e desliguei, distanciei-me ainda mais...
Desinteressei-me pela vida e pelos poucos amigos que deixei aí e fui substituí-los por outras pessoas aqui. Merecias mais... Não é possível substituir-te... Não é possivel esquecer-te... Não o quero e nunca o tentei fazer... Mas as minhas acções diferem dos meus pensamentos...
Estiveste sempre lá quando precisei, mas não sinto que tenha feito o mesmo contigo. Detestei as nossas últimas conversas de café... Não passaram disso... Conversas de café... Sinto que te devo algo, não sei o quê... Visito o teu blog, e penso em comentar, apenas para dar sinais de vida. Mas o que comento?? Foi nessas visitas que tive uma revelação...
Descobri que te passei a desconhecer... E tu, só me conheces nas piores fases... Desconhecer uma pessoa que consideramos amiga é a pior sensação do mundo...
Nunca estou aí, distancio-me, afasto-me o mais possível tentando esquecer o que não é possível de ser esquecido... Faz hoje dois anos que demonstras-te ser a pessoa mais espectacular à face da terra... E o que fiz eu durante estes anos? Ignorei-te, e só entrei de novo em contacto quando não podia estar com os teus "substitutos" daqui...
Não entendo o porquê do que se passa entre nós... Não gosto de pensar que vou estar contigo e que vou olhar para ti sem saber o que dizer... As ideias existem, a voz é que não sai... Fecho-me na tua presença, apesar de seres a pessoa com a qual isso menos deveria acontecer... Não percebo... Não sei o porquê da distância criada por mim... Sinto que agora já nada posso fazer...
Por isso aqui te escrevo, apenas para dizer que o silêncio mata, mas eu não quero que o existia entre nós morra.
quinta-feira, 24 de novembro de 2005
Viagem
Penso...
Ausento me para universos paralelos, espaços só meus...
Inicio uma viagem acordada em que visito mundos estranhos, distorcidos...
Quanto mais viajo, mais mundos vejo... A realidade vai ficando para trás...
Aqui não existe lei, ordem, lógica... Apenas caos...
Cada novo mundo por onde passo, é mais escuro, mais estranho, mais distorcido que o anterior.
Inicia-se o turbilhão...
Desconheço estes mundos...
Desconheço estes universos paralelos...
Já estou a meio da viagem quando, como uma luz no meio da escuridão me apercebo, estes mundos pertencem-me...
As minhas entranhas gritam...
Desconheço o meu interior...
A realidade gira à minha volta...
Tudo o que é real me atordoa...
A realidade torna-se mais escura... Mais distante...
Como podem estes universos fazer parte de mim?
Tento fugir... Não consigo...
É inevitável esta viagem...
Mas não me sinto preparada para a continuar...
A realidade grita por mim.
Tenho de voltar...
Tenho de regressar antes que a saída de emergência desta viagem se encerre...
Tento desligar...
A cabeça, a viagem, o turbilhão, os mundos... Tudo me chama...
Esta viagem fugiu do meu controlo e não quer parar... Será que algum vez tive o controlo??Tenho de ter força...
Tenho de regressar...
Isto tem de parar... Mas não pára!
Nunca vai parar...
Espera mundo real... São só mais uns minutos...
Ausento me para universos paralelos, espaços só meus...
Inicio uma viagem acordada em que visito mundos estranhos, distorcidos...
Quanto mais viajo, mais mundos vejo... A realidade vai ficando para trás...
Aqui não existe lei, ordem, lógica... Apenas caos...
Cada novo mundo por onde passo, é mais escuro, mais estranho, mais distorcido que o anterior.
Inicia-se o turbilhão...
Desconheço estes mundos...
Desconheço estes universos paralelos...
Já estou a meio da viagem quando, como uma luz no meio da escuridão me apercebo, estes mundos pertencem-me...
As minhas entranhas gritam...
Desconheço o meu interior...
A realidade gira à minha volta...
Tudo o que é real me atordoa...
A realidade torna-se mais escura... Mais distante...
Como podem estes universos fazer parte de mim?
Tento fugir... Não consigo...
É inevitável esta viagem...
Mas não me sinto preparada para a continuar...
A realidade grita por mim.
Tenho de voltar...
Tenho de regressar antes que a saída de emergência desta viagem se encerre...
Tento desligar...
A cabeça, a viagem, o turbilhão, os mundos... Tudo me chama...
Esta viagem fugiu do meu controlo e não quer parar... Será que algum vez tive o controlo??Tenho de ter força...
Tenho de regressar...
Isto tem de parar... Mas não pára!
Nunca vai parar...
Espera mundo real... São só mais uns minutos...
terça-feira, 22 de novembro de 2005
Arte do silêncio
Há uns tempos atrás alguém me veio falar da "arte do silêncio"...
Pensei nela, li o que foi escrito sobre essa "arte" e então acordei...
Durante estes últimos anos que tenho eu feito?? Tenho dominado essa mesma forma de arte, que recuso e nego... A mesma forma de arte que abre barreiras, cria distâncias... Este blog não é nada de especial, são as minhas "caramelices", as minhas divagações... Apenas aqui escrevo para dizer que não quero manter o silêncio... Não quero aumentar ainda mais as distâncias...
Sei que a Internet é um instrumento útil, poderoso... Mas não é a melhor forma para me redimir-me... Neste momento é a única ao meu alcance...
Por isso, para os amigos, aqui fica este post... Chega de silêncios eternos, de olhares que não dizem nada... Chega de distâncias... Afastei-me, mas agora não o quero fazer mais... O passado é passado, não poderá ser esquecido, mas poderá ser alterado no presente e no futuro.
Espero que entendam do que aqui falo...
Pensei nela, li o que foi escrito sobre essa "arte" e então acordei...
Durante estes últimos anos que tenho eu feito?? Tenho dominado essa mesma forma de arte, que recuso e nego... A mesma forma de arte que abre barreiras, cria distâncias... Este blog não é nada de especial, são as minhas "caramelices", as minhas divagações... Apenas aqui escrevo para dizer que não quero manter o silêncio... Não quero aumentar ainda mais as distâncias...
Sei que a Internet é um instrumento útil, poderoso... Mas não é a melhor forma para me redimir-me... Neste momento é a única ao meu alcance...
Por isso, para os amigos, aqui fica este post... Chega de silêncios eternos, de olhares que não dizem nada... Chega de distâncias... Afastei-me, mas agora não o quero fazer mais... O passado é passado, não poderá ser esquecido, mas poderá ser alterado no presente e no futuro.
Espero que entendam do que aqui falo...
Doces:
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